quarta-feira, 18 de abril de 2012

Pôr-do-Sol Unebiano quer conhecer e dialogar com as tribos urbanas


Redes de pessoas em torno de um querer ou gostar comum, falar a mesma língua, são algumas das definições que podem ser atribuídas às chamadas tribos urbanas, conceito utilizado, apenas, a partir de 1985, pelo sociólogo Michel Mafesolli. As tribos urbanas, geralmente, representam um movimento periférico, ou seja, um movimento que vive à margem, na maioria das vezes, das receitas, das regras de conduta social.
As pessoas que pertencem às tribos não apresentam um comportamento estável, estático. Elas podem pertencer às diversas tribos que guardem afinidades entre si, pois nem todas são “amigas” ou podem migrar de uma tribo para outra conforme o seu novo modo de pensar, sentir e agir, seguindo a fluidez dos tempos

Para demonstrar a infinidade de tribos urbanas que existem no mundo, pode-se citar os movimentos de skinheads que surgiram em meados dos anos 1960 e têm como características as atitudes violentas, roupas rasgadas, cabeças raspadas; os góticos que surgiram no final da década de 1970 e são caracterizados pelo pessimismo e romantismo excessivo; os punks surgiram em meados da década de 1970, e suas principais características são a autonomia, as vestimentas/roupasagressivas, o não envolvimento com questões políticas; geração beat formada por poetas e escritores nômades, nos anos 50; os movimentos contracultura que discutem a sociedade sob outra ótica, contestam os valores sociais; a geração gloss (clubbers) que é e idolatra os hábitos de artistas pops como Lady Gaga e utilizam vestimentas muito coloridas; os chamados nerds que caracterizam-se pela timidez excessiva e interesse em temas ligados à tecnologia. Essas são algumas das tribos existentes, mas ainda uma infinidade de pessoas que possuem os mesmos hábitos e ritmos, como os metaleiros, os skatistas, dançarinos (de break, hip hop), pagodeiros, hippies, grafiteiros, emocores.

Dialogar com asTribos periféricas: o Brasil dos coletivos poéticos suburbanose conhecer a sua tribo é o objetivo do quinto bate-papo do Projeto de Extensão Pôr-do-Sol Unebiano, mediado pelo Doutor pela Universidade Estadual de CampinasUNICAMP e Professor da UNEB, Sílvio Roberto Oliveira, no dia 25 de Abril, às 17:00, no auditório do Campus XV da Universidade do Estado da BahiaUNEB e que será transmitido para 24 cidades baianas, onde campi da instituição, através de videoconferência













terça-feira, 17 de abril de 2012

Pôr-do-Sol Unebiano vai ao encontro da MaCRo

Ousadia. Essa foi a palavra que definiu a quarta edição do Projeto de Extensão Pôr-do-Sol Unebiano. A edição, que aconteceu no dia 15 de Março de 2012, marcou a volta do Projeto, depois de um breve recesso entre os semestres letivos e, também, foi caracterizado pela ousadia de colocar a Universidade para sair de si, sair de dentro do espaço acadêmico, além de falar sobre mulheres.

Para poder se aproximar da comunidade, ir ao encontro do público, a equipe do Pôr-do-Sol Unebiano contou com a parceria da Casa de Cultura Maria Claudia Rodrigues – MaCRo que disponibilizou o espaço onde viveu a poetisa, atriz e militante cultural Maria Claudia para que o Sol voltasse suas atenções para “A poética do feminino na poesia baiana: uma homenagem à escritora Macária Andrade” com a mediação do escritor Ricardo Vidal.

Como marca registrada das atividades, os trabalhos foram iniciados com um momento reservado para a arte e que, dessa vez, ficou sob o comando de Ana Tellechea que cantou sucessos de Caetano Veloso e Cássia Eller, acompanhada de Matheus Santana na guitarra e de João Marcelo no violão, sendo que este, ainda, musicou um poema inédito de autoria de Maria Claudia.

Março é o mês que as mulheres mais recebem homenagens, devido ao dia internacional da mulher (dia 08), em virtude disso o Projeto resolveu homenageá-las também, mas de modo diferente: através da poesia e com um homem à frente. Durante o bate-papo, o mediador Ricardo Vidal citou diversas poetisas baianas e a representação da alma feminina nas poesias de diversos autores, sempre com pausas para que o ator e poeta, Adriano Pereira, entrasse em cena declamando algumas poesias.

A edição foi traduzida para a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e contou com a participação de diversos segmentos da sociedade valenciana, nessa homenagem às mulheres de todo o mundo e, principalmente, às mulheres de fibra que viveram/vivem na cidade e lutam por uma Valença melhor, por uma cidade decidida a ser de paz e progressos.















segunda-feira, 16 de abril de 2012

Pôr-do-Sol Unebiano brilha em dia cinzento

Marcada por fortes chuvas, a terça-feira do dia 13 Dezembro não atrapalhou aqueles que quiseram ir ao Departamento de Educação do Campus XV da Universidade do Estado da Bahia – UNEB prestigiar o Pôr-do-Sol Unebiano que tratou do tema “Juventude e Subjetividade: a construção da identidade na sociedade contemporânea”.

Mais uma vez, a edição do Projeto de Extensão de autoria da estudante Gerusa Sobreira e do Professor Ruy D’Oliveira começou com um espaço reservado para a arte. Dessa vez, o grupo de dança do Projeto Mutá apresentou o Hip Ballet, coreografando a música “Show me the meaning of being lonely” e “Everybody”, clássicos do grupo pop americano Backstreet Boys.

Após a apresentação do Hip Ballet, foi a vez das intérpretes da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, cedidas pela Pestalozzi de Valença, entrarem em cena para traduzir todo o bate-papo que foi conduzido pela Profª. Esp. Taylane Nascimento, pelo Prof°. Ms. Ruy D’Oliveira e pelo sociólogo Adriano Pereira que substituíram o mediador convidado para a ocasião e que por problemas de saúde não compareceu ao evento.

Falando para 24 cidades baianas, através de videoconferência, os mediadores começaram as discussões com histórico do conceito de juventude, depois se debruçaram sobre os dilemas contemporâneos enfrentados pelos jovens e mostraram uma das grandes características do jovem contemporâneo: o consumo desenfreado. Partindo dessa característica, foi possível mostrar o quanto a mídia influencia os jovens a consumirem ao vender, em seus comerciais, fórmulas da felicidade e às demais pessoas fórmulas da juventude. Dentre as falas, o sociólogo Adriano Pereira destacou-se ao começar poeticamente sua fala sobre o tema, declamando uma poesia de Geraldo Maia, intitulada “Geração de Março”.

Embora tenham mostrado características de outras gerações, durante o bate-papo, os mediadores afirmaram que os jovens contemporâneos não podem ser comparados com os jovens de outras épocas, visto que as regras do sistema social são diferentes e exigem posturas diferentes, não há uma solidez nas atitudes. Dentre esses diferentes posicionamentos, eles mostraram que aquele protagonismo juvenil que estava instaurado na época da Ditadura Militar brasileira não existe mais com tanto vigor, visto que as forças de repressão não são mais tão evidentes e, hoje, predominam as faces ocultas, latentes de opressão social.

Interagindo sempre com o público presente, Taylane, Ruy e Adriano mostraram que os jovens brasileiros são uma das parcelas da população mais marginalizadas pelo sistema social. É essa categoria que mais sofre com o desemprego e condições desfavoráveis de trabalho, violência, ensino público precário, com o sensacionalismo da mídia. Para eles, o jovem precisa ser ouvido, precisa ser valorizado em suas opiniões, sobretudo levando em consideração o contexto social, no qual está inserido, ao serem formuladas políticas para a categoria.

Às vezes, ficamos procurando mestres e doutores em outros lugares para virem se apresentar, falar sobre algo na Universidade e nos esquecemos de tantos talentos brilhantes que temos ao nosso redor e que podemos contar, sobretudo por usarem as sandálias da humildade.”, avalia o estudante Elson Pascoal, referindo-se ao trio de mediadores.


Arnaldo Santana

Elson Pascoal Dias




Adriano Pereira

Hip Ballet
A terceira edição do Projeto, última de 2011, contou com o apoio cultural da Bahia Design, Jornal Valença Agora, O Boticário, da Rio Mar Modas, Rádio Clube AM, VM Confecções, Sapataria São Jorge, Rádio Rio Una FM e Sociedade Pestallozzi de Valença.